sexta-feira, 1 de março de 2013

Cidade industrial

A cidade marchava célere ao encontro do primeiro século da chegada dos desbravadores, e o riopardense  Duminiense Paranhos Antunes – brasileiro, como os da terra diziam fosse ele -  e de igual forma como Olmiro de Azevedo  cantara o cinqüentenário, assim poetizou a cidade, que agora mais industrial,  o acolhera:



Quem poderia imaginar que a terra virgem,

plantada  entre montanhas bravias,

recebendo  no teu seio o imigrante,

tivesse o destino tão brilhante ,

como tiveste tu, Caxias!


‘Campo dos Bugres’ te chamastes um dia,

como morada do primeiro habitante,

e de Castilhos, na expressão amorável,

fostes crismada ‘Pérola das Colônias’, adorável

pedaço de chão pátrio, de seiva extuante !


Chamam-te hoje a ‘Metrópole do Vinho’,

sugestivo e lindo nome que bem diz

do trabalho silencioso dos teus filhos,

lidando na lavoura, na vindima,

fazendo da tua gente um povo bem feliz!


Fostes pequenina nos primórdios tempos,

mas do trabalho dos teus desbravadores,

vestistes roupagens fulgurantes

e pelos teus caminhos e estradas ondulantes.

conduz ao teu seio novos esplendores!


Tudo em ti é encanto, doçura e beleza,

desde  os pinheirais de verdes copas

erguidas para o alto, como taças,

em oferenda – capricho da Natureza –

até o fumo da fábrica a subir em nuvens baças.


Nenhum comentário:

Postar um comentário