Festa da Uva e Estrada Federal

Amigo, veja só, em 1931 a cidade se exibe, primeiro  só para ela mesma, mas, depois, para a região, para o Estado, para o Brasil e, por fim, para o mundo. Era a Festa da Uva, idéia de Joaquim Pedro Lisboa, um  descendente de portugueses, nascido em Rio Pardo, mas caxiense por adoção.

Os negros, em 1940, já se constituíam numa comunidade muito expressiva em número, tanto que foi inaugurada uma Capela - Santo Antônio - na rua Matteo Gianella, em frente à Cooperativa Aliança, 'destinada às pessoas de cor'  como registrou o pároco da Catedral. O principal santo da Capela era Benedito, o Preto.

No final da  primeira metade do século XX, a cidade recebeu o grande motor que iria diferenciá-la das demais cidades de seu porte: a Estrada Federal, por onde a produção agrícola e industrial passou a ser enviada para os grandes centros consumidores. De notar meu amigo, que o engenheiro chefe das obras dessa estrada era o fluminense  e comunista Yedo Fiuza que, mais tarde, em 1947, vai ser candidato à presidência da República pelo PCB, quando foi eleito Eurico Gaspar Dutra.

A Segunda Guerra atingiu a cidade de forma bem diversa daquelas cidades da Europa, África  e Ásia envolvidas diretamente no conflito.  Em  razão das carências de manufaturados, que normalmente eram importados dos países envolvidos pela guerra, Caxias passou  por  grande processo de desenvolvimento industrial.

Quase no final da Guerra, em 1^º  de janeiro de 1945, para diferenciá-la de  duas outras  cidades com o mesmo nome - Caxias (MA) e Duque de Caxias (RJ) -  a cidade passa a denominar-se Caxias do Sul.